domingo, 26 de janeiro de 2014

No tempo dos “rolezinhos” e eu sentindo uma enorme frustração por pertencer a raça humana ou melhor: A Humanidade.

1. PRAIA DO MECO – QUAL O OBJECTIVO DE SE INGRESSAR NA UNIVERSIDADE?  
É, talvez realizar um sonho de ser um profissional qualificado a nível superior, talvez realizar o sonho dos pais de finalmente um membro da família conseguir chegar a universidade, quando muitos param pelo caminho. Seis jovens querendo talvez, realizar este sonho concorreu na prova anual e conseguiu entrar na Universidade Lusófona de Lisboa, seus sonhos, desejos e vontade ficaram no caminho, engolidos por uma onda na praia do Meco.
Se for realmente provado que tal fato ocorreu por causa de uma ‘praxe’ académica, me pergunto para que estão estudando estes jovens? Que futuro, esperam eles ter praticando actos covardes e sem sentido por mero divertimento, demonstração de poder e de pura falta de censo, que até se torna ridículo.
Muitas vezes nos locais públicos vejo jovens sujos, pintados, andando de quatro pelo chão, fazendo cenas ridículas, como nadar em cimento dos pisos nos espaços do metro da Alameda. 
Faz sentido esse tipo de atitude, para quem no futuro se tornará um profissional responsável: MEDICO, ADVOGADO, PROFESSOR? Não vejo graça nessas acções e lamento profundamente quando vejo jovens morrendo por praxes ridículas, como foi o caso dos 6 jovens que morreram na madrugada de Dezembro na Praia do Meco, até quando os governos permitirão que tais actos ocorram? Quantos jovens a mais serão necessário morrer para que a sociedade e as Universidade/Institutos acordem?

 
2. ÍNDIA – UM PAÍS OU UM INFERNO PERDIDO NA TERRA?   
Muitos casos têm surgido na comunicação social, sobre as constantes violações colectivas que são feitas na Índia, país que pensava eu, ser pacífico, místico, religioso, com uma cultura de paz, vide Mahatma Gandhi, que coitado, onde se encontrar deve está a sentir vergonha do seu povo!
O último caso que me chocou e me faz perder um tempo reflectindo para escrever estas linhas, foi de uma jovem de 20 anos (que ainda se encontra hospitalizada depois de ter sido violada, por tantos homens que nem ela sabe ao certo quantos foram), simplesmente porque ela estava há cinco anos a namorar um homem que não pertencia a sua comunidade, o casal foi denunciando por vizinhos, quando o homem (seu namorado) havia ido até a casa dos pais da moça para pedi-la em casamento. Não teve tempo para o efeito, logo foram presos, acusados e condenados, a sentença proferida pelo conselho dos aldeões, era inicialmente a multa de 25 mil rupias, equivale a cerca de 300 euros, o homem pagou a sua multa e se livrou da prisão, a jovem não tinha dinheiro, seus pais, pessoas simples e pobres não tinham a soma solicitada, como castigo foi proferida a sentença pelo chefe dos aldeões: "A família não pode pagar. Por isso, desfrutem da rapariga e divirtam-se."

A conclusão que chego é que humanidade caminha para algum lugar que eu desconheço, para qualquer lado que a gente olhe, vai ver países em crise, com conflitos armados, com guerras inúteis, pessoas atirando em público pelo simples prazer de matar, homofóbicos, racistas a crescerem em proporção que as vezes penso estamos voltando ao tempo Ku Klux Klan e da Inquisição. 
Hoje temos mais conhecimentos, mas avanços tecnológicos e científico, e parece que regredimos como seres humanos, tenho vergonha de pertencer a Raça Humana, vergonha de ser desse mundo chamado Terra, evoluído, culto, e … estou cansada, simplesmente cansada.

Os “rolezinhos” deveriam ser feito entre os que se dizem lideres do mundo G8 e G5, quem sabe se alguns deles sofressem com as “praxes” ridículas ou fossem fazer um “rolezinho” na Índia, com suas esposas, filhas, mães, amigas etc., e estas fossem violadas eles tomavam providências, mas se calhar é mais importante discutir as espionagens informáticas, os casos amorosos e extraconjugal dos presidentes. Falar de gente simples, pobre ou de cor, não dá índice na mídia, nem aumenta o défice económico.

                                                              Lilia Trajano.

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