1. PRAIA DO MECO – QUAL O OBJECTIVO DE SE INGRESSAR NA UNIVERSIDADE?
É, talvez realizar um sonho de ser um profissional qualificado a nível
superior, talvez realizar o sonho dos pais de finalmente um membro da
família conseguir chegar a universidade, quando muitos param pelo
caminho. Seis jovens querendo talvez, realizar este sonho concorreu na
prova anual e conseguiu entrar na Universidade Lusófona de Lisboa, seus
sonhos, desejos e vontade ficaram no caminho, engolidos por uma onda na
praia do Meco.
Se for realmente provado que tal fato ocorreu por
causa de uma ‘praxe’ académica, me pergunto para que estão estudando
estes jovens? Que futuro, esperam eles ter praticando actos covardes e
sem sentido por mero divertimento, demonstração de poder e de pura falta
de censo, que até se torna ridículo.
Muitas vezes nos locais
públicos vejo jovens sujos, pintados, andando de quatro pelo chão,
fazendo cenas ridículas, como nadar em cimento dos pisos nos espaços do
metro da Alameda.
Faz sentido esse tipo de atitude, para quem no futuro
se tornará um profissional responsável: MEDICO, ADVOGADO, PROFESSOR? Não
vejo graça nessas acções e lamento profundamente quando vejo jovens
morrendo por praxes ridículas, como foi o caso dos 6 jovens que morreram
na madrugada de Dezembro na Praia do Meco, até quando os governos
permitirão que tais actos ocorram? Quantos jovens a mais serão
necessário morrer para que a sociedade e as Universidade/Institutos
acordem?
2. ÍNDIA – UM PAÍS OU UM INFERNO PERDIDO NA TERRA?
Muitos casos têm surgido na comunicação social, sobre as constantes
violações colectivas que são feitas na Índia, país que pensava eu, ser
pacífico, místico, religioso, com uma cultura de paz, vide Mahatma
Gandhi, que coitado, onde se encontrar deve está a sentir vergonha do
seu povo!
O último caso que me chocou e me faz perder um tempo
reflectindo para escrever estas linhas, foi de uma jovem de 20 anos (que
ainda se encontra hospitalizada depois de ter sido violada, por tantos
homens que nem ela sabe ao certo quantos foram), simplesmente porque ela
estava há cinco anos a namorar um homem que não pertencia a sua
comunidade, o casal foi denunciando por vizinhos, quando o homem (seu
namorado) havia ido até a casa dos pais da moça para pedi-la em
casamento. Não teve tempo para o efeito, logo foram presos, acusados e
condenados, a sentença proferida pelo conselho dos aldeões, era
inicialmente a multa de 25 mil rupias, equivale a cerca de 300 euros, o
homem pagou a sua multa e se livrou da prisão, a jovem não tinha
dinheiro, seus pais, pessoas simples e pobres não tinham a soma
solicitada, como castigo foi proferida a sentença pelo chefe dos
aldeões: "A família não pode pagar. Por isso, desfrutem da rapariga e
divirtam-se."
A conclusão que chego é que humanidade caminha
para algum lugar que eu desconheço, para qualquer lado que a gente olhe,
vai ver países em crise, com conflitos armados, com guerras inúteis,
pessoas atirando em público pelo simples prazer de matar, homofóbicos,
racistas a crescerem em proporção que as vezes penso estamos voltando ao
tempo Ku Klux Klan e da Inquisição.
Hoje temos mais conhecimentos,
mas avanços tecnológicos e científico, e parece que regredimos como
seres humanos, tenho vergonha de pertencer a Raça Humana, vergonha de
ser desse mundo chamado Terra, evoluído, culto, e … estou cansada,
simplesmente cansada.
Os “rolezinhos” deveriam ser feito entre
os que se dizem lideres do mundo G8 e G5, quem sabe se alguns deles
sofressem com as “praxes” ridículas ou fossem fazer um “rolezinho” na
Índia, com suas esposas, filhas, mães, amigas etc., e estas fossem
violadas eles tomavam providências, mas se calhar é mais importante
discutir as espionagens informáticas, os casos amorosos e extraconjugal
dos presidentes. Falar de gente simples, pobre ou de cor, não dá índice
na mídia, nem aumenta o défice económico.
Lilia Trajano.